sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Como devolver a emoção ao futebol com justiça?



O primeiro post desse blog vai tratar sobre o interesse (ou desinteresse) que o futebol tem  tido nos últimos anos.
Acompanho a algum tempo a coluna do jornalista Vitor Guedes (blogdovitao.com.br), que sempre trata com muita clareza sobre futebol e sempre concordei com o seu posicionamento sobre o mata-mata ser muito mais interessante que os pontos-corridos e que o nosso Campeonato Brasileiro perdeu a graça.
Recentemente ao ler novamente um comentário sobre o assunto, pensei a respeito, mas dessa vez de uma forma diferente. analisando se isso ocorre apenas no Campeonato Brasileiro e percebi que não. Na Espanha, na França, na Alemanha, na Itália, raramente os campeonatos nacionais tem alguma emoção. O espanhol por exemplo guarda sua emoção apenas para os confrontos Real Madrid x Barcelona, em raras ocasiões surge um Atlético de Madrid, mas na maior parte do certame, as duas equipes rivais ficam goleando de um lado e de outro, quando não se desmotivam e deixam a competição um pouco de lado em detrimento a outras mais importantes. Então a CBF com os pontos corridos, seguiu apenas o padrão FIFA, diferindo apenas no calendário que não é coincidente nem com o Europeu, nem com as datas FIFA.
O grande problema do futebol, é que a exemplo da política, é controlado de longa data pelas mesmas pessoas, com conceitos antiquados e mais preocupados apenas com seus interesses econômicos.
O futebol precisa de reformulações, de estratégias de inclusões de mais times no bolo de participação, de valorização dos grandes times, com calendário mais compatível. Imprescindível é devolver a emoção as competições.
Quem sabe a unificação das competições, sem mais série A, B, C, D, Copa do Brasil, Campeonatos Estaduais...
Uma competição que incluísse e ocupasse o ano inteiro unindo todos os times profissionais do país, com etapas com todas as equipes divididas em pequenos grupos de qualificação e pré-qualificação. O segundo semestre do ano seria e etapa de qualificação, local que poderia equivaler aos campeonatos estaduais, unindo os melhores classificados no campeonato anterior, cabeças de chave e os que venceram as pré-qualificações, através de pontos corridos.
No primeiro semestre do ano seguinte teríamos as fases finais no sistema de Copa, com primeira fase e mata-mata baseados nas classificações das qualificações; e as fases de pré-qualificação dos times não classificados.
Os campeões nacionais disputariam o Campeonato Mundial em mata-mata. Simples assim. Dessa forma qualquer time do mundo poderia ser Campeão Mundial todos os anos.
Seguindo o princípio de que no início das temporadas as partidas seriam mais preparatórias, apesar de competitivas, os principais jogos, clássicos entre as grandes equipes no meio do campeonato e ao final da temporada os principais jogos mundiais.
Os clubes e as confederações teriam obrigatoriedades sociais, necessidade de escola de formação educacional própria, compromisso fiscal e transparência.
Isso tudo seria possível com a FIFA? Muito provavelmente apenas com a criação de uma nova entidade máxima do futebol.

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